Pelo amor a ti mesmo e por essa indulgência sem limites que tens para contigo próprio. Pela tua condescendência face aos elogios e às adulações. Pela tua sede de reconhecimento. Pelo teu gosto pela carreira. Pelo teu egoísmo, pela hesitação que experimentas quando deves partilhar o teu pão, arriscar o teu braço, colocar em causa o conforto do teu lar, questionar a segurança artificial da tua estabilidade aparente: a de um morto-vivo que nem sequer se deu conta de que já não vive.
O primeiro inimigo és tu! Com o medo de escandalizares os outros, aterrorizado pela ideia de seres colocado à margem, salivando perante a menor possibilidade de seres cooptado, acolhido, reconhecido pelo parlamento das múmias falantes.
Com a tua adesão a todos os clichés do pensamento «moderado» e da crítica cortês, da política dissimulada e da linguagem banal. Tu és a globalização. Tu és o assassino da Europa e do Terceiro-Mundo, tu és a cedência. E é-lo tanto mais quanto mais pretendes o contrário e tentas convencer-te a ti mesmo, sem contudo ires ao fundo da tua análise, pela verdade.
A oposição fundamental não é política ou ideológica, é, antes de tudo, entre modos de ser, entre estilos.
Gabriele Adinolfi
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
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um dia caì na asneira de pensar assim ..., não penso mais .
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